Como acessar sites e URLs bloqueadas

Usar uma rede privada virtual (VPN) é a forma mais confiável de desbloquear sites e acessar URLs restritas.

As VPNs criptografam o seu tráfego web e o transmitem por meio de um servidor VPN remoto. Assim, seu endereço IP e localização geográfica são ocultados dos sites que você visita.

Isso também impede que provedores de internet, governos e administradores de Wi-Fi (p.ex.: em casa, no trabalho ou em Wi-Fi público) consigam monitorar a sua atividade de navegação.

É fácil baixar e instalar software VPN em uma diversidade de dispositivos, inclusive seu celular, tablet, laptop, desktop e até mesmo dispositivos de streaming como Firestrick e Apple TV. Por isso, as VPNs são a ferramenta mais versátil para desbloquear sites.

Aplicativos Surfshark para dispositivos Mac e iOS.

Mas nem todas as VPNs são iguais. Algumas oferecem servidores ofuscados, projetados para contornar firewalls em países sob alta censura, ao passo que outras não conseguem nem mesmo superar as restrições geográficas na Netflix e no Disney+.

Por isso, é extremamente importante passar um tempo avaliando uma VPN antes de começar a usá-la, para evitar se frustrar ou, pior, ter de lidar com surpresas desagradáveis.

Caso use um computador de acesso público ou em uma escola, o administrador da rede pode ter restringido a instalação de aplicativos.

Nesse caso, não será possível usar uma VPN. Recomendamos usar uma extensão VPN (ou proxy) para navegadores.

Como mencionado acima, se estiver usando um dispositivo de acesso público, escolar ou no trabalho, provavelmente não conseguirá instalar software nele.

Caso o dispositivo seja um computador, há uma solução muito fácil para esse problema: uma extensão VPN (ou proxy) para navegadores.

Uma extensão proxy é basicamente um intermediário entre uma VPN e um proxy web. A instalação não é tão rápida quanto a de um proxy web, mas é uma opção mais eficaz e confiável para desbloquear sites.

Por exemplo, conseguimos acessar URLs restringidas do YouTube com nossas extensões preferidas para Chrome, enquanto a maioria dos proxies web fracassaram nessa atividade relativamente simples.

Algumas extensões proxy e VPN são gratuitas (como a da Windscribe e do CyberGhost), mas para usar a maioria precisa de um plano pago.

A extensão gratuita do CyberGhost para Chrome acessa diversos serviços de streaming dos EUA, como a Netflix EUA e o Disney+.

É importante ter em mente que a maioria das extensões VPN são proxies e por isso não oferecem o mesmo nível de proteção e criptografia que um aplicativo VPN.

Caso não queira configurar uma extensão VPN no seu navegador web, usar um proxy web é uma segunda opção.

Por serem acessíveis por uma URL, os proxies web são ainda mais simples de usar. Tudo o que precisa fazer é encontrar um site proxy seguro, inserir a URL bloqueada que deseja acessar, apertar Enter e o conteúdo restrito deve aparecer.

Assim como uma VPN, um proxy web roteia o seu tráfego de internet por meio de um servidor remoto no percurso ao site desejado. Isso substitui temporariamente o seu endereço IP pelo endereço IP do servidor proxy, ocultando a sua localização física do site visitado.

O proxy da Hide.me desbloqueia sites textuais simples.

No entanto, proxies web gratuitos apresentam diversas limitações. Funcionam somente em uma guia do navegador e geralmente não contornam restrições geográficas em sites de conteúdo de vídeo como YouTube, Netflix e Disney+.

Em grande parte, isso se deve ao fato que os endereços IP usados por proxies web raramente são atualizados, além de serem usados por uma alta quantidade de usuários, sendo assim muito fácil de serem identificados e bloqueados por streamings.

Sinceramente, os proxies web não são páreo para extensões VPN. Nos nossos testes, até mesmo os melhores não conseguiram desbloquear redes sociais como X e Facebook, nem mesmo jogos web gratuitos como CrazyGames, Poke e AGAme.

Os proxies web também oferecem certo risco, já que nada do seu tráfego web é criptografado.

Você também precisa tomar muito cuidado com o proxy web que usar. Alguns injetam seu tráfego com anúncios e malware ou vazam seu endereço IP real para os sites visitados. Outros, conhecidamente, capturam nomes de usuários e senhas caso os use para acessar suas contas online.

O Smart DNS é outro tipo de proxy que pode ser eficaz no acesso de sites bloqueados ou restritos. É barato, compatível com diversos dispositivos e, muitas vezes, usado para desbloquear jogos e streamings sob restrição geográfica, em sistemas de jogos, em particular.

Ele roteia a suas solicitações DNS (sistema de nomes de domínio) por meio de um servidor proxy no país da sua escolha. Ele é diferente de VPNs e proxies, que redirecionam todo o seu tráfego por meio de um servidor proxy.

Ao apenas redirecionar as suas solicitações de DNS, os serviços de Smart DNS atingem velocidades muito mais altas do que uma VPN ou um proxy web.

Configurando o MediaStreamer da ExpressVPN.

No entanto, as altas velocidades têm um ônus. Um Smart DNS não criptografa o seu tráfego e nem esconde o seu endereço IP, como uma VPN ou o Tor.

A ausência de criptografia significa que administradores de rede, provedores de internet e governos podem ver quais sites você visita e ainda podem bloquear seu acesso. Isso também significa que o seu endereço IP pessoal pode ser banido.

Não recomendamos usar um Smart DNS para evasão de censura ou acesso a sites restritos no trabalho.

O Control D é o serviço de Smart DNS mais fácil de usar que já testamos. Custa R$ 108,51 por ano para assinantes da Windscribe.

Algumas das nossas VPNs favoritas, como a ExpressVPN, NordVPN e Surfshark, também oferecem um Smart DNS nos seus planos de assinatura de VPN.

Uma das maneiras mais fáceis de desbloquear um site no seu celular é passar do Wi-Fi aos dados celulares. Isso permite que você acesse qualquer aplicativo ou site bloqueado pelo administrador da rede.

Pode ainda configurar um Hotspot Pessoal no seu smartphone e depois compartilhar a conexão móvel com seu tablet, laptop e até mesmo Chromebook.

Esse método só funciona caso queira contornar bloqueios de rede.

Além disso, alguns dispositivos oferecidos por instituições de ensino e locais de trabalho são pré-configurados para usar apenas o Wi-Fi do local ou contam com um software de filtragem de conteúdo instalado no dispositivo. Nesses casos, usar dados móveis não é uma solução viável.

Vá até as configurações do seu celular para se desconectar do Wi-Fi e usar o 3G, 4G ou 5G.

Você também fica refém da sua franquia de dados e da intensidade e cobertura do sinal de celular da sua operadora.

O Tor Browser é um navegador gratuito e de código aberto, projetado para maximizar o anonimato online. Você pode baixá-lo em dispositivos Windows, macOS, Linux e Android.

O Tor criptografa a sua conexão de internet e então a roteia por meio de três servidores administrados por voluntários ou “nós”, conhecidos como a rede Tor.

Ao usar o Tor você garante que os sites não poderão ver o seu endereço IP ou localização geográfica reais. Em vez disso, para eles, a sua conexão aparentará ter como origem a localização do nó de saída.

No entanto, o Tor pode ser perigoso, com sites cheios de material ofensivo, links de phishing e malware.

A nosso ver, o navegador Tor deveria ser usado apenas para contornar restrições de censura impostos por governos. Esse é um dos motivos do banimento dele em alguns países, incluindo China e Rússia.

A criptografia tripla e rede de arquitetura descentralizada dificulta o monitoramento por parte de governos e suas instituições de atividade online que perpassa a rede Tor.

Por apresentar velocidades extremamente lentas e uma seleção pequena de localizações IP, o Tor não é uma boa solução para a maioria das pessoas. Além disso, alguns escritórios, universidades e escolas chegam a bloquear downloads do Tor Browser na rede local.